domingo, 28 de julho de 2013

DEMÔNIO 18



Deformibus... Do Latim, feio.
Assim como o estranho, proibido e desajustado mantêm em seu íntimo secreto uma beleza de padrão singular, atemporal e quase sacra.

Até mesmo o demônio tem em seu reflexo um Deus, uma diferença anômala singular para se equivaler de alguma forma, seja pela antítese ou pela igualdade.
Até onde o mal é mal e só isso? Não incute em seus poros excluídos uma leve benevolência?
Quantas vezes dissestes não mais olhar a venenosa bífida língua da serpente exposta a ti, e mesmo assim a olhastes? Agora me dizes que o mal estava só no bote da serpente? Que teu fixo olhar de inocência não foi o mal dela também?

Nem só mal, nem só bem, nem tão pulchra ou tão deformibus.
Em todo remédio também há um pouco de veneno. Ciclo perfeito inexiste.


Opa, outra  técnica desta vez: Caneta esferográfica, linhas, hachuras e photoshop.
A inspiração veio de alguma(s) lembrança(s) de arte grega e mitologia, com um toque de poesia, e se é pra ser poético e filosofar, então sejamos!

Abração e até amanhã!

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